MÉTODO CIDADE JÚNIOR É DESTAQUE EM AUDIÊNCIA DO MINISTÉRIO PÚBLICO DO TRABALHO

O evento serviu de alerta para a necessidade de preparar os jovens para a vida profissional

Representantes e autoridades do Estado e de diversas prefeituras da região de Curitiba se encontraram nesta segunda-feira, 20/09/2010, para debater os desafios de preparar os jovens para o mercado de trabalho.

Na audiência, foram expostas iniciativas de órgãos públicos e instituições sem fins lucrativos relacionadas à aprendizagem profissional dos jovens. Dentre elas, o Método Cidade Júnior, que chamou atenção pela forma inovadora com que se propõe a trabalhar com a capacitação dos jovens.

O Cidade Júnior surge como uma proposta viável e acessível para o poder público combater a falta de preparo dos jovens. “Com ele, a educação deixa de ser um processo fechado e passa a preparar o jovem para a cidadania e para vida profissional”, explica a idealizadora do método, Rejane Bressan.

A constituição brasileira prevê que as empresas contratem de 5% a 15% de jovens aprendizes. No entanto, essa lei raramente é cumprida. Isso por que são raras as políticas públicas que preparam os jovens para a atividade profissional.

Para o membro do Ministério Público do Trabalho, Murillo José Digiácomo, o poder público não pode se furtar desta missão. “A educação dos jovens vai além do que hoje é ensinado nas escolas. A capacitação profissional deve fazer parte deste processo”, argumenta Murilo.

O Método Cidade Júnior permite que as próprias escolas preparem os jovens para a vida profissional. Trata-se de um projeto ousado, que muda os conceitos atuais do ensino. É um método em que a interdisciplinaridade e a participação fazem dos alunos os protagonistas das aulas.

Bem informada do problema da aprendizagem juvenil, a UTFPR como promotora da preparação para o trabalho vai assessorar o  processo de implantação do Método Cidade Júnior nas escolas. Para a chefa do departamento de Educação da Universidade, Sonia Ana Leszczynski, o Cidade Júnior é uma excelente alternativa: “Ele permite que o educando desenvolva habilidades para o futuro profissional simultaneamente ao conhecimento tradicional com vistas a melhorar os indicadores de sustentabilidade na comunidade em que residem”.

A responsabilidade dos municípios em viabilizar saídas para a falta de instrução dos jovens para a vida profissional foi ressaltada pelo Ministério Público do Trabalho: “Com base nas experiências expostas nas palestras, queremos que os representantes que participaram dos debates despertem para o problema”, explica Mariane Josviak.